quinta-feira, 19 de julho de 2012

Boas Obras x Caráter


BOAS OBRAS x CARÁTER


Charles Swindoll, em um de seus sermões, narra a história de um jovem casal que entrou em um restaurante fast food e pediu um refeição.

Eles então pegaram a embalagem contendo o que haviam pedido e saíram do restaurante. Quando já haviam partido, a gerente percebeu, horrorizada, que a equipe havia cometido um erro. Em vez de entregar ao casal a embalagem contendo seu jantar, entregaram uma embalagem contendo toda movimentação financeira do dia.

Desesperados, correram na esperança de ainda alcançarem o casal, mas apenas conseguiram ver seu veículo se afastando. Era tarde demais.

Mas, logo após, para surpresa da gerente, o casal retornou.

“Abrimos a embalagem para jantar e encontramos dinheiro dentro”, disseram eles.

A gerente estava aliviada e profundamente agradecida, ao ponto de lhes oferecer uma recompensa.

Mas eles não aceitaram. “Apenas queremos nosso jantar”, disseram, “e iremos para casa”.

Então a gerente teve uma ideia, maravilhosa: “Vocês podem esperar um minuto? Eu vou ligar para os jornais locais, para que alguém venha e tire uma foto de vocês, e faça uma matéria para edição de amanhã. Precisamos de pessoas honestas como vocês!”

No entanto, ao ouvir tal sugestão o casal se virou para sair da lanchonete. A gerente prontamente os deteve. “Vocês são tímidos diante das câmeras?”.

O homem respondeu: “Na verdade, não. Mas eu não creio que seja uma boa ideia que minha esposa me veja nos jornais com minha amante.”

Quando lemos essa história nos deparamos com uma triste realidade: o ser humano (homem e mulher) está mortalmente contaminado com o vírus do pecado.

Independentemente da manifestação de algumas “boas obras”, ele carrega em si o bem e o mal, a força e a fraqueza, o vício e a virtude. Todos residindo na mesma pessoa.

Suas façanhas demonstram tanto a infâmia como o heroísmo,  o elevam à categoria de bom moço e na mesma velocidade descobrem  como é vilão.

Essa é a explicação para homens que são pais maravilhosos e traem suas esposas (e vice versa); filhos que são amorosos com seus pais em casa e assassinos na rua; filhas doces e meigas que se transvestem de verdadeiras prostitutas quando na companhia de colegas... enfim, são exemplos incontáveis.

Assim, impossível ao homem aproximar-se de Deus por um momento passageiro de boa ação, baseado em emoções.

A única e fiel possibilidade para isso é a tomada de consciência da nossa condição pecadora, que gera o arrependimento dos pecados, que gera a consciência da necessidade do perdão, que somente Jesus pode nos dar, mediante Seu Sacrifício na Cruz.

Consciência do pecado => arrependimento => perdão => JESUS

E os benefícios desse caminho desenhado acima são sentidos em todas as áreas de nossa existência. Senão vejamos:

1) Marido/Esposa que deixa de trair por entender que isso é pecado = casamento sarado + lares refeitos + filhos saudáveis emocionalmente

 
2) Filhos que abandonam a vida criminalizada = saúde física e emocional + vida livre + não compor a estatística de jovens que morrem antes dos 23 anos no Brasil em consequência do crime organizado.

3) Filhas que entendem que na vida de promiscuidade a maior vítima é ela mesma.

Deus tem sonhos para nós vivermos, pensamentos de paz e não de guerra (Jeremias 29:11), o desejo de nos ver comendo o melhor dessa terra (Isaías 1:19). Não me refiro somente à alimentação do corpo, mas, sobretudo a da alma e do espírito.

A receita para vivermos isso é nos reconciliando com Ele, o que possibilita a restauração do nosso caráter, afetado pelo pecado. Nunca nossas “boas obras” serão capazes ou suficientes para operar tão grandioso milagre.

Que o Senhor tenha liberdade para nos reconstruir a cada dia.

Pra. Flávia Delgado



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