segunda-feira, 27 de agosto de 2012

O povo tem o líder que merece


Em um mundo que aclama os líderes de “sucesso”, populares, bom sujeito (a) e de preferência que estejam “bombando” na mídia, fico a me perguntar, que liderança o povo tem desejado sobre si.
Desde os primórdios, quando o povo de Israel pediu um rei, afastando o reinado de Jeová de sobre si, o Senhor nos indicou que o povo teria o rei (líder) que desejaria (ou merecia). Veja I Samuel 8:5.
E, pensando nisso, compartilho trecho de um excelente artigo, intitulado “Ser um líder amado ou temido?” que foi publicado na Revista Época, que traz uma abordagem simples e direta a respeito dos perfis de liderança pela Professora Linda Hill (Professora de Administração de Empresas na Universidade de Harvard). O foco é secular, mas muito apropriado ao momento que a igreja atravessa.
Com o devido respeito aos demais, mas eu elejo, aclamo, respeito, honro e admiro aquele líder, que desce dos altos púlpitos brilhantes, olha nos meus olhos e chora comigo, senti a minha dor, me abraça e declara, sinceramente, essa luta não é sua. É nossa.

Assim foi Jesus.
Eu elejo o líder inspiracional, que me constrange, sem querer, a seguir o seu exemplo de vida e não a alcançar aquele sucesso. Até porque, sucesso na minha concepção é ser irrepreensível no que se faz e gerar frutos que perdurarão. O mais é mero glamour passageiro.
 “Ser um líder amado ou temido?
Se a inspiração fosse Nicolau Maquiavel, autor do clássico "O Príncipe", todo líder escolheria ser amado e temido. Mas pela dificuldade em unir os dois sentimentos, seria preferível ser temido, porque as pessoas, na visão do escritor, não são leais.
Há quem opte por isso, mas normalmente, quem ocupa uma posição de liderança pode ter dificuldade em decidir qual tipo de relacionamento terá com os seus subordinados. Serei um chefe amigo e amado por todos ou aquele temido, que apenas cobra por resultados e não estabelece um relacionamento saudável com a equipe? 
Essa escolha não precisa ser feita, segundo a americana Linda Hill, professora de Administração de Empresas da Harvard Business School (HBS) e Diretora da Iniciativa de Liderança da instituição. “Você precisa fazer com que as pessoas acreditem no seu trabalho, e que você está na equipe porque elas sabem que com você terão sucesso”, afirma a professora, que possui pós-doutorado pela HBS e Ph.D em Ciências do Comportamento pela Universidade de Chicago.
Ele pode exercer a “liderança de retaguarda”, aquela que cria um contexto capaz de fazer com que a equipe se auto-gerencie. “Esse tipo de relacionamento proporciona a construção de uma rede que faz as pessoas se sentirem confortáveis para se expressar e compartilhar novas perspectivas, o que é ótimo para o mercado atual”, diz a professora.”
 
Concluindo, acredito que o grande problema não são os líderes mutilados em sua essência, mas sim os liderados, que continuam a aplaudi-los.
 
Com carinho,
Pra. Flávia Delgado

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